8 de agosto de 2009

O direito do não fumador.

Essa nova lei do estado de SP me faz lembrar de um livro. Se a memória não me trai, se chama "Derecho Siglo XXI", de Carlos Ghersi. Também não sei se escrevi certo. Encontrei este livro na biblioteca da Faculdade de Direito da UFPel. Tal foi presenteado a biblioteca pelo própio autor, em uma semana acadêmica.

Enfim, tem um capítulo neste livro, que se chama "El derecho del no fumador". Calha muito bem para essa perseguição aos fumantes. Os fumódromos são medida suficiente. O resto é exagero. Ghersi, fala muito bem disso. Nem preciso dizer que recomendo o livro dele.

Mas o que ainda convém dizer, é que este tipo de medida para mim é típico caso de populismo para classe média.

Primeiro porque não vai diminuir o numero de fumantes. Segundo, porque a poluição dos carros nas ruas das grandes cidades de Sâo Paulo, agridem mais a saúde do que aquele fumante inconveniente sentado a sua frente naquele barzinho da esquina. Populismo, porque passa a imagem de alguém que cuida da saúde de seu povo. Mas fica só nisso, na aparência.

Coloca-se os fiscais na rua. Caça-se as bruxas. Flash das primeiras infrações em flagrante de fumantes.

Enquanto isso, fica impune aquele lixo que voa pelas janelas dos automovéis nos intermináveis congestionamentos. Claro, "a rua não é minha". Mas se alguem aparecer com um cigarro na balada, já sabe: Multa. "Porque que com a minha saúde não se transige".

Em tempo, não sou fumante.

4 comentários:

  1. Muito bom, Arthur. Primeiro, fico feliz de saber que tem um livro dele la na facul, certamente vou procurar. E, quanto ao tema, eu sempre pensei a mesma coisa, o exagero de caça as bruxas com que se tem tratado od fumantes. Fumódromos funcionam bem no Japão, onde tudo funciona bem, onde as pessoas às 4.30 da manhã esperam o sinal abrir para poder atravessar, mesmo não enxergando um carro até onde a vista humana alcança. Aqui é difícil. Há políticas mais sérias que devem ser tomadas em prol da saúde e contra a poluição qeu restringir uma conduta da qual não se pode separar o qeu tem de direito individual e o que tem de transgressao ao direito alheio. Até porque essa coisa de que o direito de um começa onde naannaan... já é velha e não convence. Vivemos em uma teia interconectata, talvez precisemos, quanto ao cigarro, somente de tolerância e zelo para com os outros, nada mais. (Obs: também não sou fumante)

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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  3. É isso aí Arthut, mais outro bom post como sempre. Vc está um cult ácido...

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  4. Alguém sempre está lucrando com essas atitudes. O lucro q eu me refiro é o econômico, é claro! Sou da regra que se alguém pode fumar e largar fumaça na minha cara eu posso peidar na cara dele. São sempre gases. O inconvêniente nunca foi somente o fato de fazer mal a saúde, mas sim o cheiro desagradável, os asmáticos, a prevenção de gastos com outras complicações... já q o fumo leva a falta de preparo físico e ao sedentarismo consequentemente, e assim tb a economia estatal, e é claro finalmente chegando ao inegável populismo. Mas o populismo só funciona se agrada a massa, e se agrada a massa agrada a maioria. Se a maioria não quer fumaça para que fazer fogo? Por fim eu me agrado, sem precisar lavar minhas roupas q eu fui na boate ontem pq hj elas não estão cheirando a fumaça!!!

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