Mais uma vez, um governo de esquerda e democrático
corrige as distorções
acadêmicas e
profissionais no país. O que tem ocorrido no país dos coronéis é o favorecimento de algumas profissões sobre outras. Mas isto não decorre da sua competência, e sim, da força política dos conselhos
profissionais.
Por exemplo, a alguns anos atrás a profissão de
farmacêutico sofria da
carência de mercado de trabalho. Mas depois da ajuda política obrigaram todas as farmácias a terem um
farmacêutico de plantão. Neste caso não prevaleceu nem a lei de mercado, e muito menos pela capacidade destes
profissionais. E sim, pela simples aproximação dos conselhos
profissionais com a política.
Segundo o ministro do Supremo Tribunal Federal,
Gilmar Mendes, mais profissões devem ser
desregulamentadas. Ainda nas palavras do ministro "a decisão vai suscitar debate sobre a
desregulamentação de outras profissões".
Gilmar Mendes - "A
regulamentação, se for o caso, será considerada
inconstitucional", afirmou o presidente do
STF. Mendes esclareceu que, a partir de agora, o registro de jornalista no Ministério do Trabalho "perdeu o sentido", assim como todos os outros aspectos que
regulamentavam a profissão. "O registro não tem nenhuma força jurídica."
Nesta mesma linha de pensamento, o ministro Fernando Hadadd através do MEC pretende regulamentar os curso superiores, que na verdade se tornaram uma grande palhaçada. De acordo com o MEC "hoje, existem 26 mil cursos de graduação. Desse total, sete mil têm nomes diferentes para o mesmo projeto pedagógico. Os de engenharia apresentam 258 nomenclaturas diferentes. De acordo com o diretor de regulação e supervisão da Sesu, Paulo Wollinger, a diversidade vem de acréscimo de “sobrenomes” ou de digitação errada".
As engenharias vem se tornando uma grande sopa de letrinhas, extrapolam, muitas vezes, o limite da ética profissional. Para criar um curso superior no Brasil existe uma fórmula mágica. Eng + área que poderei ganhar dinheiro + conceitos de alguma ciência existente.
Exemplos: Engenharia Ambiental, Engenharia Cartográfica, (que na verdade iria se chamar Eng. Geográfica, assim como em Portugal) Engenharia Química, Engenharia Florestal, Engenharia de Minas. Mas na verdade estes cursos provêm, respectivamente, da Biologia, Geografia, Química, Agronomia e Geologia.
Estas ciências (Biologia, Geografia, Química, Agronomia e Geologia) produziram praticamente todo o conhecimento que a humanidade detêm, e hoje simplesmente na República das Bananas surge pessoas gananciosas, e se apropriam do conhecimento alheio. Esperamos um pulso firme por parte do MEC, assim como já está sendo feito pelo Supremo Tribunal Federal.
O que me preocupa não é o grito dos maus. É o silêncio dos bons.