16 de agosto de 2009

Masculinidades

Povo,

Tem um artigo sobre o tema, de título "Novos homens: Uma abordagem teórica das masculinidades no processo de modernização brasileiro", do estudante de história da UFPR, Fernando Bagiotto Botton, que é muito bom.

São 14 páginas muito interessantes. Daí que recomendo. Segue o link com o artigo: http://revistahistoriar.com/files/novos_homens_uma_abordagem_teorica_das_masculinida.pdf

é isso.

8 de agosto de 2009

O direito do não fumador.

Essa nova lei do estado de SP me faz lembrar de um livro. Se a memória não me trai, se chama "Derecho Siglo XXI", de Carlos Ghersi. Também não sei se escrevi certo. Encontrei este livro na biblioteca da Faculdade de Direito da UFPel. Tal foi presenteado a biblioteca pelo própio autor, em uma semana acadêmica.

Enfim, tem um capítulo neste livro, que se chama "El derecho del no fumador". Calha muito bem para essa perseguição aos fumantes. Os fumódromos são medida suficiente. O resto é exagero. Ghersi, fala muito bem disso. Nem preciso dizer que recomendo o livro dele.

Mas o que ainda convém dizer, é que este tipo de medida para mim é típico caso de populismo para classe média.

Primeiro porque não vai diminuir o numero de fumantes. Segundo, porque a poluição dos carros nas ruas das grandes cidades de Sâo Paulo, agridem mais a saúde do que aquele fumante inconveniente sentado a sua frente naquele barzinho da esquina. Populismo, porque passa a imagem de alguém que cuida da saúde de seu povo. Mas fica só nisso, na aparência.

Coloca-se os fiscais na rua. Caça-se as bruxas. Flash das primeiras infrações em flagrante de fumantes.

Enquanto isso, fica impune aquele lixo que voa pelas janelas dos automovéis nos intermináveis congestionamentos. Claro, "a rua não é minha". Mas se alguem aparecer com um cigarro na balada, já sabe: Multa. "Porque que com a minha saúde não se transige".

Em tempo, não sou fumante.

3 de agosto de 2009

Governo democrático corrige distorções profissionais

Mais uma vez, um governo de esquerda e democrático corrige as distorções acadêmicas e profissionais no país. O que tem ocorrido no país dos coronéis é o favorecimento de algumas profissões sobre outras. Mas isto não decorre da sua competência, e sim, da força política dos conselhos profissionais.

Por exemplo, a alguns anos atrás a profissão de farmacêutico sofria da carência de mercado de trabalho. Mas depois da ajuda política obrigaram todas as farmácias a terem um farmacêutico de plantão. Neste caso não prevaleceu nem a lei de mercado, e muito menos pela capacidade destes profissionais. E sim, pela simples aproximação dos conselhos profissionais com a política.

Segundo o ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, mais profissões devem ser desregulamentadas. Ainda nas palavras do ministro "a decisão vai suscitar debate sobre a desregulamentação de outras profissões".

Gilmar Mendes - "A regulamentação, se for o caso, será considerada inconstitucional", afirmou o presidente do STF. Mendes esclareceu que, a partir de agora, o registro de jornalista no Ministério do Trabalho "perdeu o sentido", assim como todos os outros aspectos que regulamentavam a profissão. "O registro não tem nenhuma força jurídica."

Nesta mesma linha de pensamento, o ministro Fernando Hadadd através do MEC pretende regulamentar os curso superiores, que na verdade se tornaram uma grande palhaçada. De acordo com o MEC "hoje, existem 26 mil cursos de graduação. Desse total, sete mil têm nomes diferentes para o mesmo projeto pedagógico. Os de engenharia apresentam 258 nomenclaturas diferentes. De acordo com o diretor de regulação e supervisão da Sesu, Paulo Wollinger, a diversidade vem de acréscimo de “sobrenomes” ou de digitação errada".



As engenharias vem se tornando uma grande sopa de letrinhas, extrapolam, muitas vezes, o limite da ética profissional. Para criar um curso superior no Brasil existe uma fórmula mágica. Eng + área que poderei ganhar dinheiro + conceitos de alguma ciência existente.

Exemplos: Engenharia Ambiental, Engenharia Cartográfica, (que na verdade iria se chamar Eng. Geográfica, assim como em Portugal) Engenharia Química, Engenharia Florestal, Engenharia de Minas. Mas na verdade estes cursos provêm, respectivamente, da Biologia, Geografia, Química, Agronomia e Geologia.

Estas ciências (Biologia, Geografia, Química, Agronomia e Geologia) produziram praticamente todo o conhecimento que a humanidade detêm, e hoje simplesmente na República das Bananas surge pessoas gananciosas, e se apropriam do conhecimento alheio. Esperamos um pulso firme por parte do MEC, assim como já está sendo feito pelo Supremo Tribunal Federal.

O que me preocupa não é o grito dos maus. É o silêncio dos bons.

1 de agosto de 2009

Memórias de um Peixe Boi - Parte 1.

Estou velho e doente. Resolvi contar a minha história. Nada de mais. Mas como tem muito voyeur neste mundo, pode ser que tenha algum público. Afinal, se há quem adora ver pessoas confinadas participando de joguinhos divertidos, a história do mamífero aquático aqui, tem seus momentos interessantes.

Tratarei de sexo, violência e drama. Pra novela das 8 nenhuma botar defeito. Começarei pela minha infância. Por uma questão de sequência lógica, claro.

Nos meus tempos de peixinho, tinha vários apelidos. E não é nada fácil viver como mamífero num lugar dominado pelas aves, peixes e répteis. Bem, como dizia tive vários apelidos. Dentre eles me lembro bem de ser chamado "carinhosamente" de Jersey, Holandês, Bradford, Zebu, Criolo Lageano e o que eu mais detestava: Charolês. Justamente este é que pegou. Provavelmente por não conseguir esconder minha insatisfação com a referida alcunha. Como ficava visivelmente indignado, todos riam que se mijavam. E não teve jeito. Pegou.

Eis, portanto, como fiquei conhecido e sou tratado até hoje. Charolês. Hoje já me acostumei, claro. Não porque a maturidade me tornou mais condescendente com esse tipo de gracinha. Mas porque, o viado do boto cor de rosa que me botou esse apelido acabou tomando o que merece. Falarei disso. Mas só na segunda parte, tá?

Fim da primeira parte.