18 de julho de 2009

Nem tudo está perdido

Há algum tempo escutei um senhor reclamar do piso para os professores criado pelo governo Lula. O sujeito argumentou que era muito fácil o governo federal estipular o piso que os estados e municípios iriam pagar. Daí argumentei que o mesmo governo federal se prontificou a repassar verbas aos estados que não pudessem pagar. Ele resmungou qualquer coisa e desconversou. Até cheguei a supor que talvez ele tivesse mudado de ideia, ou que pelo menos fosse refletir melhor a respeito.

Mas eis que esta semana encontro o mesmo senhor dizendo que nesse país se protesta por qualquer coisa hoje em dia. Não cheguei a perguntar como ele concluiu isso. Supus que ele estava inconformado com a protesto do Cpers. Para minha surpresa, ainda descobri que se tratava de um ex-professor de escola pública.

De qualquer forma, às vezes me pergunto se esse pessoal reaça fica assim por causa do PIG ou se o PIG reflete estes caras, seus leitores fieis. Concluí que devem ser as duas coisas juntas. Não tem jeito. Independentemente do PIG, boa parcela dos brasileiros parece ser conservadora por outros motivos. Provavelmente o componente "cristianismo" e o positivismo sociológico também contribuam pra formação conservadora desse pessoal. Mesmo que muitos conservadores não se deem conta disso.

Aliás, é interessante a atribuição de "muita teoria e pouca prática" por alguns direitosos aos esquerdistas. Há quem sustente isso na maior cara dura. Até parece que o pensamento de direita não emerge de construção teórica alguma. Suponho que sustentem isso simplesmente por falta de informação. Talvez alienação mesmo. Para corroborar com que defendo agora, segue:

10 de julho de 2009

O marketing colorado


O Grande Fernando Carvalho é um sábio do futebol. Sabe que para atingir seus objetivos não basta apenas ter futebol, tem que ter algo a mais.

Uma das leis do marketing é valorizar o que temos. Por acaso você já viu algum currículo vitae em que o sujeito não é um fenômeno? Todo mundo quer vender o seu peixe.
Mas, qual seria o peixe a ser vendido pelo Dr. Fernando Carvalho? No contexto geral pode-se dizer que é o time do inter. Mas não é.... E sim, apenas algumas peças do elenco colorado.

Pelo alto valor que o Inter investiu na formação do elenco atual, não pode perder dinheiro nas negociações, por isso precisa vender os seus jogadores em alta.

Mas, quando isso não ocorre, o que fazer? Daí vem o marketing, onde os jogadores são super-dimensionados pelos seus atos "heróicos". A mídia gaúcha ( na maioria colorados: Ruy Ostermann; Kenny Braga; Cláudio Cabral) enche o peito para falar de Nilmar, Tayson e D'Alessandro. Pois, são colorados e querem ajudar Fernando Carvalho a vender o seu peixe. Os "jornalistas colorados" precisam cumprir com o seu patriotismo.

O Inter de 2009 é na verdade uma grande jogada de marketing. Fernando Carvalho talvez faça carreira em outros campos. Quem sabe não veremos futuramente alguma grande campanha de marketing elaborado pelo dirigente colorado.

9 de julho de 2009

Mania de perseguição

Há anos uma velha senhora me persegue. Calma, não se trata de nenhuma velha tarada ou psicótica. Mas mesmo assim, por mais que eu fuja, que tente desviar, ludibriá-la ou até se esconder não adianta. Ela sempre esta lá pronta pra me pegar.

Me sinto como o protagonista de 1984. Aliás, pior. Porque esta senhora não precisa de meios tecnológicas pra me vigiar e punir. Basta titubear um pouco, duvidar por um segundo ou tentar uma alternativa infeliz, ela salta no mesmo instante com aquele sorriso de triunfo e olhar sádico, implacável.

Na escola ela atrasava minhas férias. Me traumatizou. Pior, com o apoio dos meus pais. As professoras? Todas aliadas de primeira mão. Já os colegas em sua maioria também tinham problemas com ela. Mas como em todo lugar, sempre tinha um dedo duro. O incrível, é que ela não perdoa nem mesmo os seus cupinchas.

Aqui neste blog, frequentemente ela me pega. Suponho que basta eu ligar o PC pra ela ficar a espreita. Neste momento mesmo ela já me atacou. Já me acostumei. Me entrego resignado. Feito um servo submisso. Não tem jeito, a velha Gramática sempre vê, vem e vence.

Mas como nem tudo nesta vida é tragédia, há esperança. Existe uma resistência interessante. Um grupo corajoso, admirável. Pra quem anda perseguido pela Dona Gramática, sugiro a leitura dos artigos de Marcos Bagno no saite dele. Clique aqui para ir até lá.

Enquanto a resistência não triunfa, procuro gente pra formar uma associação de vítimas da gramática. Funcionaria aos moldes tradicionais, como qualquer congênere. Nos reuniriamos semanalmente, fariamos um círculo, um especialista nos orientaria e pediria pra que cada um levantasse e contasse seus problemas. Desde, é claro, que reconhecesse ter problemas com a gramática.

Mais ou menos assim: Me chamo fulano de tal, tenho problemas com a gramática...
Aí claro, os participantes batem palmas, incentivam com palavras o traumatizado, que passaria a relatar seus problemas: Conheci a crase na quinta série, desde então...

Também se poderia criar grupos específicos, como da concordância verbal, do novo acordo ortográfico, da acentuação por exemplo. Tudo dependeria do número de adeptos e da conveniência.

Alguém topa?

2 de julho de 2009

Frases de MSN

Pô, pensei em escrever alguma coisa sobre o título do Corinthians. Mas não sei o que escrever. O time paulista mereceu. Pelo menos não sofri por muito tempo, se o primeiro gol colocou as mãos na taça do timão, o segundo agarrou de vez. Fazer o que?

Bom, mas falarei uma coisa que a tempos penso em escrever a respeito: Frases de MSN.

Por quê? Porque nesse momento percebo muitas frases de gremistas. Natural. Mas a mais inteligente é do meu amigo Lucas, que escreve "Beijo do gordo pra vcs". E olha que ele escreveu a alguns dias... Previsível, sejamos sinceros, mas muito bem sacada.

Mas melhor que essa, só uma que vi ano passado no status de um amigo. Ele se chama Marcos. A frase: "É tanta frase bonita no Msn que chego atá a chorar". Precisa dizer mais?

Nesse mundão onde nos tornamos anônimos em meio a multidão, a internet pontecializa nosso desejo por atenção. Seja por blog, pelos mais prolixos como eu. Seja pelo Msn. Alguns são criativos, como os amigos que citei. Ao resto sugiro o twitter, que é bem providencial, se diga de passagem.