3 de agosto de 2009

Governo democrático corrige distorções profissionais

Mais uma vez, um governo de esquerda e democrático corrige as distorções acadêmicas e profissionais no país. O que tem ocorrido no país dos coronéis é o favorecimento de algumas profissões sobre outras. Mas isto não decorre da sua competência, e sim, da força política dos conselhos profissionais.

Por exemplo, a alguns anos atrás a profissão de farmacêutico sofria da carência de mercado de trabalho. Mas depois da ajuda política obrigaram todas as farmácias a terem um farmacêutico de plantão. Neste caso não prevaleceu nem a lei de mercado, e muito menos pela capacidade destes profissionais. E sim, pela simples aproximação dos conselhos profissionais com a política.

Segundo o ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, mais profissões devem ser desregulamentadas. Ainda nas palavras do ministro "a decisão vai suscitar debate sobre a desregulamentação de outras profissões".

Gilmar Mendes - "A regulamentação, se for o caso, será considerada inconstitucional", afirmou o presidente do STF. Mendes esclareceu que, a partir de agora, o registro de jornalista no Ministério do Trabalho "perdeu o sentido", assim como todos os outros aspectos que regulamentavam a profissão. "O registro não tem nenhuma força jurídica."

Nesta mesma linha de pensamento, o ministro Fernando Hadadd através do MEC pretende regulamentar os curso superiores, que na verdade se tornaram uma grande palhaçada. De acordo com o MEC "hoje, existem 26 mil cursos de graduação. Desse total, sete mil têm nomes diferentes para o mesmo projeto pedagógico. Os de engenharia apresentam 258 nomenclaturas diferentes. De acordo com o diretor de regulação e supervisão da Sesu, Paulo Wollinger, a diversidade vem de acréscimo de “sobrenomes” ou de digitação errada".



As engenharias vem se tornando uma grande sopa de letrinhas, extrapolam, muitas vezes, o limite da ética profissional. Para criar um curso superior no Brasil existe uma fórmula mágica. Eng + área que poderei ganhar dinheiro + conceitos de alguma ciência existente.

Exemplos: Engenharia Ambiental, Engenharia Cartográfica, (que na verdade iria se chamar Eng. Geográfica, assim como em Portugal) Engenharia Química, Engenharia Florestal, Engenharia de Minas. Mas na verdade estes cursos provêm, respectivamente, da Biologia, Geografia, Química, Agronomia e Geologia.

Estas ciências (Biologia, Geografia, Química, Agronomia e Geologia) produziram praticamente todo o conhecimento que a humanidade detêm, e hoje simplesmente na República das Bananas surge pessoas gananciosas, e se apropriam do conhecimento alheio. Esperamos um pulso firme por parte do MEC, assim como já está sendo feito pelo Supremo Tribunal Federal.

O que me preocupa não é o grito dos maus. É o silêncio dos bons.

Um comentário:

  1. Boa, boa, esperamos sempre boas coisas do Haddad. O MEC é uma das vitrines do governo. Agora, essa luta aí não é fácil. Será que dá pra encarar os tubarões do ensino? Aliás tem um texto bom, no Brasil e Fato sobre o diploma para Jornalismo.É de uma professor, Ungaretti se não me engano., da UFRGS. Vale a pena procurar por este texto.

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