8 de dezembro de 2009

Aquecimento Global - O medo da natureza

É chegada a hora do acerto de contas com o nosso planeta, a nossa casa, a nossa morada. A humanidade precisa garantir a sua própria sobrevivência e ao mesmo tempo garantir a sustentabilidade da Terra para nossos filhos.

Sem dúvida, esta idéia é um dos consensos na população mundial. Mas daí fica a pergunta, onde tudo isso começou? E porque pensamos assim.

Embora haja inúmeras teorias sobre o surgimento deste ecologismo mundial, isso, agora, é o menos importante neste momento. Mas o que importa realmente é debater o porquê.

A grande diferença entre nós humanos e os robôs, além de outras, é a capacidade de sentir medo; medo da morte; medo de sofrer; medo do que não se conhece, ou seja, a natureza. Em relação à natureza isso aparece explícito nas mitologias dos povos antigos. Onde, quando um deus não era satisfeito ele açoitava o povo com os desastres naturais. Mesmo mais recentemente, em 1755, em Portugal questionaram-se os "deuses”.

Um dos motivos que proporcionou o homem a viver em sociedade foi a necessidade de se defender dos animais selvagens, isto é, o medo a natureza produziu uma sociedade do medo.

Este medo da sociedade frente a natureza é esbanjadamente utilizado pelo capitalismo, ou mais precisamente pelo marketing deste sistema econômico. Muitas vezes podemos ver em propagandas de inseticidas, a idéia de uma "bolha", criada após o uso do produto. Como se de um lado tivéssemos o selvagem (mosquito) x civilização (classe média). Uma eterna luta entre o "bem" e o "mal”.

Atualmente, este princípio vem sendo utilizado pelos órgãos mundiais climáticos (IPCC, WWF, OMM) que coloca que devemos "fazer algo" para que a natureza não se volte contra nós. Ou seja, ainda, no século XXI a natureza é vista como um deus que pode nos açoitar com a sua fúria.

Eu já sabia!

A frase do título nunca teve tanto sentido quanto teve no jogo do flamengo x grêmio. Acho que apenas eu e meia dúzia de colorados deslumbrados acreditaram que o grêmio fosse vencer.

Mas no fim o mengão mereceu. No balanço do campeonato quem ficou mal foi o Atlético Mineiro e o Palmeiras, brigaram pelo título, mas no fim o sangue paraguaio do cavalo se mostrou dominante.

Aliás, o futebol do Rio no fim surpreendeu, no início se pensava que teriam dois rebaixados e nenhum no G4. Escaparam o Fogão e o Flu, o Vasco retorna, e o Fla é campeão.

Mas não foi só o futebol que deixou o RJ bem na foto. Apesar dos tiroteios, o Rio sediará as olimpíadas, tem o pré-sal e o Romário socialista. Não é pra qualquer estado. Definitivamente 2009, no ano da França no Brasil, quem fez a festa merecidamente foram os fluminenses.


6 de dezembro de 2009

Sirvam nossas façanhas...

Suponho que existem certas expressões que só tem sentido se levarmos em conta o contexto em que surgiram ou ao que se reportam. É o caso da expressão "presente de grego" que, por exemplo, só ganhou o sentido que tem hoje depois do cavalo de Tróia.

Antes dos gregos presentearem os troianos com aquele cavalo, o presente de grego era como qualquer outro, ou seja, sem surpresas desagradáveis.

Assim, a derradeira rodada do brasileirão pode criar uma nova expressão. Pois vejam, para o Inter, São Paulo ou o Palmeiras serem campeões, além de vencerem e torcerem uns contra os outros, dependem do Grêmio. Eis a expressão.

Pois se o Grêmio perder hoje, e tudo indica que sim, "depende do gremio" equivaleria a um fracasso anunciado, prévio. Se for assim, quando alguém se encontrar em má situação, como por exemplo, contar que sua mulher recusaria um convite para um jantar a sós, com nada menos que o Brad Pitt, apenas se resignaria a dizer, quando soubesse sem chance de impedir o encontro, "depende do Grêmio".

Agora ao contrário, se o Grêmio vencer "depende do grêmio" daqui pra frente, em determinadas situações que parecem impossíveis de se realizarem, ganharão um sentido quase mágico, inspirador.

Imaginem, poderá ser utilizada até em filmes épicos, quando o comandante de algum pequeno exército faz aquele discurso motivacional básico para que sua tropa miserável, prestes a enfrentar algum poderoso e muito mais numeroso exército de algum tirano, ganhe ânimo para o combate. O Willian Wallace de ocasião a galope, faria apelos patrióticos, sentimentais e finalizaria com o"depende do grêmio", seria comovente não? Digno de um imortal.

Então, o que está em jogo hoje não é o título do Colorado e sim a dignidade do Tricolor Gaúcho. O jogo de hoje servirá de modelo a toda terra, para o bem ou para mal, depende do Grêmio.





2 de dezembro de 2009

Jihad e Futebol

Como já tinho visto carros adesivados com a expressão "Deus é fiel" supus que o diabo só pode ser infiel. Mas menos óbvio, é constatar que se Deus é fiel só pode ser corinthiano. Então se os corinthianos são fiéis, os palmeirenses só podem ser o diabo. O Vagner Love que o diga.

Mas por que o Palmeiras e não o São Paulo e o Santos? Ora, por evidente, são times santos. Aliás a bíblia tem um livro que é quase corinthians.

Outra evidência: Diabo Verde. Logo, aqueles sujeitos que adesivam o carro avisando "deus é fiel, mas eu não", devem ser palmeirenses, por coerência. Isso também explicaria porque os judeus e adventistas não comem porco.

Os palmeirenses que não me entendam mal, em SP tenho grande simpatia pelo time. Ainda mais depois do que o corinthians tem feito com o inter, aqueles cristãos!

Palmeiras e São Paulo ainda tem chances, depende do Grêmio. Mas e o grêmio de que lado está? Deve ser do São Paulo, afinal o grêmio é imortal. Imortais são os deuses, no caso do Olimpo. Pois o time do Olímpico que só venceu o Naútico fora de casa tem um motivo mais forte pra perder: o Inter.

Mas e o Inter? Joga contra outro time santo. Se vencer o Santo André, o Inter pode ser campeão, mas rebaixa um time santo e prejudica outro santo, o São Paulo. Inferno! Mas se o colorado vencer, prejudica o Palmeiras também, que é o time do diabo, verde. Então o colorado está de que lado? Bom, o diabo também é vermelho, feito o inter que é arqui-rival do imortal tricolor, que é divino. Então o diabo é que o colorado também é time de diabo, neste caso, vermelho. Mas como um diabo prejudicaria outro? Não há problema, fiel é Deus.

E o Flamengo? Se for campeão evita que os times santos ou infernais se tornem campeões. Então isso significa que seria o Flamengo a expressão futebolística do estado laico? Vejamos.