9 de julho de 2009

Mania de perseguição

Há anos uma velha senhora me persegue. Calma, não se trata de nenhuma velha tarada ou psicótica. Mas mesmo assim, por mais que eu fuja, que tente desviar, ludibriá-la ou até se esconder não adianta. Ela sempre esta lá pronta pra me pegar.

Me sinto como o protagonista de 1984. Aliás, pior. Porque esta senhora não precisa de meios tecnológicas pra me vigiar e punir. Basta titubear um pouco, duvidar por um segundo ou tentar uma alternativa infeliz, ela salta no mesmo instante com aquele sorriso de triunfo e olhar sádico, implacável.

Na escola ela atrasava minhas férias. Me traumatizou. Pior, com o apoio dos meus pais. As professoras? Todas aliadas de primeira mão. Já os colegas em sua maioria também tinham problemas com ela. Mas como em todo lugar, sempre tinha um dedo duro. O incrível, é que ela não perdoa nem mesmo os seus cupinchas.

Aqui neste blog, frequentemente ela me pega. Suponho que basta eu ligar o PC pra ela ficar a espreita. Neste momento mesmo ela já me atacou. Já me acostumei. Me entrego resignado. Feito um servo submisso. Não tem jeito, a velha Gramática sempre vê, vem e vence.

Mas como nem tudo nesta vida é tragédia, há esperança. Existe uma resistência interessante. Um grupo corajoso, admirável. Pra quem anda perseguido pela Dona Gramática, sugiro a leitura dos artigos de Marcos Bagno no saite dele. Clique aqui para ir até lá.

Enquanto a resistência não triunfa, procuro gente pra formar uma associação de vítimas da gramática. Funcionaria aos moldes tradicionais, como qualquer congênere. Nos reuniriamos semanalmente, fariamos um círculo, um especialista nos orientaria e pediria pra que cada um levantasse e contasse seus problemas. Desde, é claro, que reconhecesse ter problemas com a gramática.

Mais ou menos assim: Me chamo fulano de tal, tenho problemas com a gramática...
Aí claro, os participantes batem palmas, incentivam com palavras o traumatizado, que passaria a relatar seus problemas: Conheci a crase na quinta série, desde então...

Também se poderia criar grupos específicos, como da concordância verbal, do novo acordo ortográfico, da acentuação por exemplo. Tudo dependeria do número de adeptos e da conveniência.

Alguém topa?

2 comentários:

  1. Bah, ou ninguém leu ou ninguém topa hahahaha

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  2. Topo! Topo!
    Vamo cai pra dentro...
    bora!
    vamo cai pra dentro!
    vamo cai pra dentro...
    topo! topo!

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